quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A marca do Faraó - Cachoeira de Macacu




Missão: Curtir um pós carnaval tranquilo e longe da bagunça
Ano: 2013
Periodo: 15/2/13 e 17/2/2013
Saldo da Viagem: Alguns quilos a mais e alergia ao longo do corpo
Custo da Viagem: Diária para casal: R$ 180,00 + cama extra: R$ 70,00. Total= R$ 500,00 com pensão completa e bebidas a parte.

 
Tentando fugir da bagunça do pós carnaval carioca, eu e meus pais resolvemos procurar alguma pousada que nos oferecesse tranquilidade e paz e ao mesmo tempo não fosse muito distante do Rio de Janeiro. Meu pai não queria precisar tirar o carro da garagem para evitar estresses de trânsito e assim, uma pousada com restaurante já iria nos atender.
 
Analisamos vários locais como Sana, Araruama, Lumiar, Friburgo, São Pedro da Serra e acabamos fazendo reserva por impulso em um hotel em Cachoeira de Macacu. Bom preço e sistema all inclusive foi a arma secreta do lugar. As fotos conquistaram de cara.
 
Arrumamos as malas e saimos para mais uma jornada. Havia ficado um pouco inquieta ao jogar no google maps o endereço da pousada e identificar que iriamos passar por um trecho de estrada de chão. Não sabiamos que a estrada estava em calamidade pública e nem que demorariamos cerca de 30 minutos para cruza-la.
 
Saimos de Campos dos Goytacazes e seguimos destino ao Rio de Janeiro. Em Itaborai, aproximadamente, saimos para pegar a estrada Rio - Friburgo. Pagamos o pedágio de R$ 4,10 e fomos cantando e feliz. Passamos por uma placa do projeto em que estou atuando agora no governo e felizes e cantarolantes seguimos estrada.
 
Chegando ao Km 32 começamos a perguntar aos moradores aonde ficava a entrada para a Estrada Faraó e a precisão das dicas foi ótima. "Siga mais 8minutos", que na verdade eram 2minutos.
 
Entramos na Estrada do Faraó e a cada haras que encontravamos nos enchiamos de emoção acreditando que poderia ser o bendito hotel. Perguntamos a alguns poucos tripulantes da singela estrada e todos mandavam a gente seguir reto e "sobe, ai desce, ai sobe de novo, ai você desce e quando subir vai encontrar um portão verde". 
 
Chegamos em uma praça. A praça parecia o local principal da cidade. Percebemos a presença de alguns poucos homens sentados em um bar, algumas crianças brincando e umas senhorinhas chupando picolé enquanto esperavam algo acontecer, ou alguém, não sei ao certo. Novamente tiramos dúvidas e quando estavamos quase desistindo, eis que encontramos o bendito "portão verde".
 
Hotel a Marca do Faraó

 
Cansados da viagem, fomos de encontro a dona do hotel, a Senhora Margarida, que muito atenciosa nos recepcionou muito bem. Boa de prosa nos cativou de cara. Ela nos indicou o quarto e lá fomos nós nos preparar para o jantar que já estava para ser servido.
 
Como eu estava derretendo de calor e me sentindo nojenta por ter cruzado tanta poeira para chegar ao hotel, resolvi me deliciar com um banho bem gelado. Não sei se o trauma pior foi o físico ou o psicologico, só posso afirmar que não foi muito legal não. Enquanto passava o shampoo, a água começou a ficar quente ao ponto de queimar a pele. Em pânico desliguei o mesmo e pedi ajuda. Lá estava eu pegando fogo com shampoo escorrendo pelo cabelo, rosto e dedos. Finalizei aos prantos o banho e fomos questionar a dona do hotel o motivo desse castigo.
 
A dona do hotel pediu desculpas e disse que deve ter dado ar na tubulação de água fria e ela não poderia fazer nada por hoje, mas que iria mandar um rapaz consertar no dia seguinte. Tradução: sem banho frio para todos.
 
Jantamos, repetimos e novamente repetimos a refeição. A comida da dona Margarina era simplesmente divina. Havia mais um casal e uma familia de gordinhos hospedados no hotel. Estavamos aguardando mais três outros casais que nunca chegaram. Vale ressaltar que o hotel não possuia comunicação com o mundo e não tinha nem telefone e nem internet. Eu acredito que o banquete estava farto assim por conta do pós carnaval. Conversando com os funcionários os mesmos disseram que eles tiveram lotação máxima nesse período.
 
Voltamos para o quarto e tentamos dormir. No quarto havia somente um ventilador de teto que não dava vazão para o ambiente. Derretemos e nem tinhamos a chance de nos refrescar com um banho gelado. Foi um tal de troca de cama, muda aqui, vamos para a rede, vamos para o outro lado, arranca aqui, bom dia para la, vai dormir para ca, que calor! Fomos para o café da manhã amassados e percebemos que o casal que estava no quarto ao lado do nosso também não estava com uma cara muito boa.
 
Apreciamos mais um banquete e fomos brincar de ping pong, sinuca, totó e fomos curtir a piscina. O hotel era só nosso!!!  A mãe dos gordinhos fraturou o pé no dia anterior e eles haviam ido para a cidade mais próxima ver o que havia acontecido com ela e o casal tirou o dia para visitar Nova Friburgo.
 
Na hora do almoço, como já era de se esperar, os gordinhos apareceram e nos deram a triste noticia de que iriam embora naquela tarde. A egoista senhora mãe disse que iria precisar fazer repouso e de que não iria querer ficar andando de carro para cima e para baixo (do chalé até a piscina). Ficamos tristes, afinal, os gordinhos eram bem "cri cri" em relação a comida e logo percebemos que a fartura iria diminuir.
 
Mais tarde o casal resolveu ir embora também. Iamos ficar só eu, meus pais e a dona do hotel, que acabou indo embora também pois precisava resolver um problema. O hotel era todo nosso. Imagina você dormir em meio a mata atlântica sem funcionários, vizinhos e principalmente a dona do hotel????
 
Acabamos trocando de quarto e fomos para um chalé. Afinal de contas, não tinha mais ninguém no hotel e não precisavamos ficar sofrendo naquele maldito quarto. O chalé era fofo. Um banheiro descente para banho GELADO, uma área boa para uma cama de casal e uma cama de solteiro e o ventilador de teto, aaa o ventilador de teto! Que delicia!
 
Gostamos tanto da troca de quarto que passamos a tarde dormindo, só acordando para jantar e retornarmos para o quarto.
 
Vale ressaltar que nessa transferência de quartos nos deparamos com um intruso que não ficou feliz com a nossa presença: um barbeiro!! A minha mãe tentou esmaga-lo na cama sem sucesso e após uma série de ataques ao pescoço do mesmo, conseguimos degola-lo.
 
 Dormir na segunda noite não foi tão doloroso. O medo era maior de minha parte. E se alguém aparecesse? Se se fizerem tocaia para a gente? E se invadirem o hotel e virarmos refens? Fui ignorada pelos meus pais, segundo papai, ele estava ali para nos proteger. Ri alto, claro!

Acordamos bem cedo e como havia ocorrido o término do horário de verão, acabamos ganhando mais 1 hora no hotel. Yupi!!

Curtimos mais algumas horas de piscina, apreciamos um café da manhã pobre e um almoço requentado e metemos o pé na estrada. Como era de se imaginar, ao contrario do silêncio de todos os dias, a área de alimentação que ficava ao lado da piscina estava bem agitada. Ouviamos todo o papo dos funcionários e tivemos a certeza de que a Dona Margarida não esta tão bem cotada com os seus funcionários.

Conclusão:

O hotel é muito bacana, possui uma expansa e bela área verde, a alimentação, com a presença da dona do hotel, é muito saborosa e a área de lazer é super 10. Se for ficar em quarto normal, ao invés de chalé, pense a respeito e tente marcar em uma época bem fresca. Se chover, corra desse hotel, a estrada fica impossivel de transitar. Não se esqueca do repelente! JAMAIS!

No fim das contas tivemos muita sorte. Ficamos com o hotel só para a gente e não precisamos nos esquentar com nada, além de curtir algumas delicias das sobras do carnaval.

 
 

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